A dor lombar constante é uma das queixas mais comuns nos consultórios de ortopedia e pode afetar pessoas de todas as idades. Quando persiste por dias ou semanas, passa a interferir nas atividades diárias, no sono e na qualidade de vida. Embora muitas vezes relacionada a má postura ou sobrecarga muscular, esse tipo de dor pode indicar problemas mais complexos e merece atenção especializada.
1. O que é a dor lombar?
A dor lombar é caracterizada pelo desconforto localizado na parte inferior da coluna, logo acima dos glúteos. Essa dor pode surgir de forma súbita ou gradual e variar em intensidade. Em muitos casos, ela também pode irradiar para as pernas, acompanhada de sensação de formigamento, dormência ou perda de força. A dor pode ser classificada como aguda, quando dura até seis semanas, ou crônica, quando persiste por mais de três meses.
2. Quais são as causas mais comuns?
A dor lombar pode ter origem em fatores simples, como má postura, sedentarismo e fraqueza muscular, mas também pode ser provocada por alterações mais sérias, como hérnia de disco, artrose na coluna (espondiloartrose), compressão do nervo ciático (ciatalgia) e até fraturas vertebrais em pacientes com osteoporose. Distúrbios posturais, como a escoliose, também estão entre as causas frequentes. Além disso, fatores emocionais, como estresse e ansiedade, podem agravar ou até desencadear episódios de dor lombar.
3. Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da dor lombar começa com uma avaliação clínica detalhada. O ortopedista analisa o histórico do paciente, seus hábitos, tipo de dor, limitações funcionais e sinais associados. Durante o exame físico, é possível identificar alterações posturais, pontos dolorosos, fraqueza muscular e sinais de comprometimento neurológico. Em muitos casos, exames de imagem como raio-X, ressonância magnética ou tomografia são solicitados para confirmar lesões nos discos, vértebras ou nervos da região lombar.
4. Quais são os tratamentos indicados?
O tratamento da dor lombar constante depende da causa identificada e do grau de comprometimento do paciente. Em geral, inicia-se com o uso de medicamentos para alívio da dor e da inflamação, associado à fisioterapia, que ajuda a fortalecer a musculatura, corrigir a postura e melhorar a mobilidade da coluna. Em casos de dor persistente ou com componente inflamatório importante, podem ser indicadas infiltrações com medicamentos diretamente na região afetada. Outros recursos, como a terapia por ondas de choque, também podem ser utilizados em dores crônicas. Quando há falha no tratamento conservador ou sinais de compressão severa dos nervos, a cirurgia pode ser considerada, principalmente se houver perda de força ou sensibilidade.
5. Existem riscos se a dor for ignorada?
Ignorar uma dor lombar constante pode levar à piora progressiva do quadro, comprometendo a mobilidade e o desempenho das atividades do dia a dia. Além disso, a falta de tratamento pode causar compensações posturais que sobrecarregam outras regiões do corpo, como quadris e joelhos. Em alguns casos, o problema pode evoluir para alterações neurológicas irreversíveis, com perda de força e sensibilidade nos membros inferiores. Por isso, quanto mais cedo o diagnóstico e a intervenção adequada forem realizados, melhores são os resultados.
Quando procurar um ortopedista?
Se a dor lombar persiste por mais de alguns dias, se intensifica com o tempo, limita seus movimentos ou irradia para as pernas, é fundamental procurar um ortopedista. Com uma avaliação especializada, é possível identificar a causa exata do problema, iniciar o tratamento correto e evitar complicações, recuperando a saúde da sua coluna e sua qualidade de vida.